O agrotóxico é um assunto muito comum quando falamos em alimentação, principalmente para quem está buscando uma dieta mais saudável e equilibrada.
Remover esses produtos da mesa é o sonho de muitos brasileiros, mas ainda são poucas as pessoas que realmente sabem o que é agrotóxico e quais os riscos para nossa saúde. O primeiro passo, portanto, é conhecer melhor esse “inimigo” de sua saúde e ver como ficar longe dessa substância.
Veja neste post o que é agrotóxico, como surgiu, os riscos ao ingerir esse produto e como eliminá-lo de vez de sua vida. Confira!
O que é agrotóxico?
Agrotóxicos são substâncias químicas ou biológicas utilizadas no controle de pragas na agricultura e também para proteger as plantações.
O intuito é evitar que micro-organismos e insetos ataquem as plantações e consumam toda a colheita. Por isso, os agrotóxicos são aplicados na agricultura com maior força e estão presentes na maioria dos alimentos.
Para combater as pragas ou evitá-las, os agricultores espalham esses produtos em sua plantação. Essa substância pode ser aplicada de diversas formas, como misturada a água ou em pó.
Basicamente existem dois tipos de agrotóxicos: os químicos e os biológicos. O primeiro refere-se às substâncias criadas em laboratório e que possuem como base substâncias químicas, como os metais. Já o segundo grupo são substâncias naturais, orgânicas e que ajudam no extermínio das pragas.
O agrotóxico ainda pode ser classificado em duas categorias: os inseticidas e os herbicidas. Inseticidas, como o próprio nome sugere, eliminam pragas de insetos e demais micro-organismos que afetam as plantações e até mesmo as residências em grandes cidades. Já os herbicidas extinguem as ervas daninhas e plantas oportunistas na agricultura.
Como surgiram esses inseticidas?
O primeiro agrotóxico sintetizado do Mundo data de 1874 e foi criado pelo químico austríaco Othomar Zeidler. Mas apenas em 1939 é que o DDT, produto criado por Zeidler, teve sua aplicação aceita como inseticida e passou a ser usado também na agricultura.
O responsável pela descoberta do pesticida, 65 anos mais tarde, foi Paulo Muller que devido a sua descoberta ganhou o prêmio Nobel de Química em 1948. O produto foi usado então para acabar com o inseto que propagava a malária, uma doença muito comum nesse período.
A realidade, no entanto, é que os agrotóxicos foram criados primeiramente como armas químicas. Essas substâncias surgiram na Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) e foram usadas também na Segunda Grande Guerra (1939 a 1945).
Um exemplo dessa aplicação é o “Agente Laranja”, usado na Guerra do Vietnã (1955 a 1975). O produto consistia da mistura dos clorofenóis 2.4-D e 2.4.5-T, uma das espécies de agrotóxicos usados na defesa agrícola mais tarde.
Como armas químicas e perigosas, essas substâncias eram utilizadas para infectar plantações, animais e pessoas durante os conflitos. Com o fim das batalhas, as empresas que produziam esses produtos foram obrigadas a migrar de mercado já que as tropas não compravam mais as substâncias químicas.
Nessa época surgiu a “revolução verde”, uma iniciativa dessas empresas de popularizar a agricultura e espalhar as plantações para combater a fome mundial. Diversos governos, inclusive, passaram a apoiar a iniciativa e fomentar a utilização de agrotóxicos.
Anos mais tarde foi descoberto que os agrotóxicos geram uma contaminação ambiental e trazem uma série de malefícios à saúde humana. Dados que levaram a proibição do uso desses produtos em alguns países.
O Brasil, no entanto, ainda é o quarto maior consumidor de agrotóxicos no mundo todo. Embora exista uma lei sobre a utilização de agrotóxicos, ela ainda é pouco cumprida e eficaz para combater a manipulação errada dessas substâncias.
Quais os riscos desses produtos à saúde?
Produtos criados como armas de guerra e que foram parar na agricultura. Como consequência essas mesmas substâncias estão presentes na maioria dos supermercados e na alimentação de sua família.
Mas é claro que estudos comprovaram os malefícios desses produtos com o passar do tempo. A maioria deles, aliás, foi catalogada como agente cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo.
Diversos estudos ligaram o uso de agrotóxicos ao surgimento de doenças respiratórias, insuficiência renal, anemia, síntese de hemoglobina, convulsões, problemas no sistema nervoso, entre outras.
A contaminação do ar, do solo e da água também são consequências da extensa utilização de agrotóxicos na agricultura. Essas substâncias se prendem ao solo, contaminam lençóis freáticos e são espalhadas pelo vento. Situações que agravam o quadro de intoxicação por agrotóxicos e aumentam ainda mais os malefícios que esses produtos causam ao ser humano.
O consumo diário de alimentos que possuem agrotóxicos leva ainda a uma série de outras doenças e complicações. O nível do problema varia de acordo com o tempo de exposição e a quantidade de agrotóxico consumida.
Isso sem nos esquecer da exposição de trabalhadores a esses produtos que causam intoxicação e muitas outras doenças. Um problema que começa nas fábricas dessas substâncias, passa pelo campo e chega até a nossa mesa todos os dias.
Sem dúvida, ficar longe desses produtos é de extrema importância. Tanto para cuidar do meio ambiente, como também para preservar a nossa saúde. Veja como ficar longe de agrotóxicos a seguir!
Como ficar livre de agrotóxicos definitivamente?
Se os agrotóxicos estão presentes em boa parte dos alimentos que você consome, como ficar longe desse veneno?
Tudo começa com uma mudança de hábitos e um estudo aprofundado sobre o tema. Antes de cortá-los de sua dieta e de sua vida como um todo, você precisa conhecê-los mais a fundo e entender quem são os agentes que precisam ser evitados.
Para ter esse conhecimento comece a ler os rótulos de todos os produtos que compra e pesquise sobre cada ingrediente. Assim fica fácil saber quais produtos levam agrotóxicos e quais estão livres dessas substâncias químicas.
Além disso, optar por produtos orgânicos e naturais também é uma excelente opção. Você pode encontrar orgânicos tanto na alimentação, como para uso cosmético e maquiagem, por exemplo.
Mas para isso é preciso contar com fornecedores confiáveis e certificados. Hoje existem organizações especializadas nessa certificação e que fornecem selos para as marcas realmente livres de agrotóxicos.
Leia o rótulo de todos os produtos e utilize apenas os produtos orgânicos e naturais. A sua saúde e de sua família agradecem!
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