Sustentabilidade | 22/10/2017 | 2.34 Mil visualizações
Você já ouviu falar em acumuladores?
Um dos problemas da acumulação envolvem principalmente:
- Acúmulo de lixo.
- Propagação de doenças em ambiente insalubre.
- Desenvolvimento e proliferação de ratos, baratas, escorpiões e outros insetos periculosos a vida.
Pois bem, a acumulação refere-se a um padrão de comportamento que representa o excesso da obtenção de itens de qualquer espécie e na incapacidade e resistência de se desfazer dos objetos, que na maioria das vezes cobre todos os cômodos da casa.
Esse comportamento compulsivo está ligado diretamente à saúde, atinge não somente o acumulador, mas também membros da família e amigos. Com frequência essas pessoas não aceitam ajuda e não reconhecem que estão doentes, gerando mais e mais conflitos.
Conforme uma pesquisa realizada em 2012 pela Archives of General Psychiatry afirma-se que o sistema nervoso dos compulsivos não funcionam normalmente. Para entender melhor o problema, pesquisadores fizeram exames detalhados a partir de ressonância magnética no cérebro de paciente com e sem essa disfunção, o resultado alegou que há sim, alteração numa parte cerebral e por isso, as pessoas acabam se tornando compulsivas e quando não tratada, a tendência é a piora.
Essa alteração afeta diretamente algumas ações, vejam elas:
- Tomar decisões
- Receio
- Apego
Disposofobia
Nome dado à fobia em ter as coisas, ou seja, de acumular objetos. A maioria das pessoas que sofrem desse mal, são idosos, que vão acumulando tudo que podem e são incapazes de eliminar esses itens. Esse transtorno também é conhecido por outros nomes, como:
- Síndrome da Miséria Senil
- Síndrome de Diógenes
A Síndrome da “Miséria Senil” faz uma referência ao filósofo Diógenes de Sinope, que vivia como um morador de rua e que dormia em um barril e recolhia os mais diversos objetos sem valor algum.
A Síndrome de Diógenes é uma disfunção comportamental, definido por isolamento social, pela autonegligência que é a falta de cuidado com a higiene pessoal e do lar, pelo comportamento de alienação e pela compulsão. O ato de colecionar e de juntar as coisas é a essência do problema.
Mas então, como identificar um acumulador compulsivo? Vamos citar os sinais mais críticos:
Recolhem objetos
Os compulsivos recolhem qualquer objeto deixado para trás por alguém que não o quis mais, eles são incapazes de se livrar deles.
Insalubridade
As condições de vida dos acumuladores são totalmente insalubres, e as condições são precárias, não há qualidade de vida. Os cômodos da casa são todos iguais, somente para guardar mais e mais objetos, os acessos são bloqueados pelo acúmulo.
Vida social e familiar
Nesses casos, à convivência com um acumulador é difícil e penosa demais, esses indivíduos acabam se isolando dos demais e vivem somente para acumular – desenvolvendo essa obsessão. A família por muitas vezes tenta ajudar, mas não há reciprocidade.
Agora que vimos um pouco sobre o conceito de acumuladores compulsivos e os sinais aparentes, já é possível entender um pouco mais…
Negação
Os acumuladores afirmam que não há nada de errado, e a negação do acúmulo compulsivo, é uns dos sinais dos transtornos. Fique atento!
Vergonha
A pessoa sente vergonha e constrangimento de ser acumulador compulsivo e, mesmo assim, não consegue ter controle de seus atos.
Ajudando um acumulador
Reconheça que há um distúrbio, tapar o sol com a peneira não vai ajudar e pode piorar ainda a compulsão.
Entenda as questões que levam a acumular objetos, questões emocionais estão diretamente ligadas a esse caso.
Para os parentes: Sempre acompanhe a vida de um acumulador, caso você não more com ele, é preciso avaliar como estão as condições de insalubridade da casa. Incentive o tratamento, mas de forma calma e tranquila, muitas vezes o paciente pode reagir de forma agressiva, já que ele não percebe a gravidade do transtorno.
Normalmente os acumuladores não fazem distinção do que vão acumular, geralmente são aleatórios e podem ser até mesmo coisas encontradas no lixo.
Acumulam livros, móveis estragados, objetos sem nenhum valor, muitas vezes não descartam embalagens de comida, trazendo problemas sérios de saúde pública, já que o excesso de lixo pode trazer a infestação de ratos, baratas, insetos e doenças.
Qual é o limite do apego?
Apego e desapego fazem parte do cotidiano das nossas vidas, o que torna benéfico ou não é a intensidade e frequência que você está lidando com isso. Trabalhar com o desapego, descartando objetos que não utilizam mais, como: embalagens, roupas, brinquedos e etc. fazem com que a pessoa se torne mais equilibrada. O uso de produtos orgânicos e fazer parte de grupos 100% naturais também ajuda o processo de recuperação para acumuladores.
Causa e tratamento
O transtorno é decorrente da ansiedade, frustração e medos, algumas vezes o acumulador, sem sabe identificar a origem do problema. Por isso, o apoio de pessoas especializadas torna-se primordial.
Psicólogos afirmam que o apoio da família é essencial para auxiliar os compulsivos. Atitudes sem julgamento, preconceitos e cobrança, auxiliam no processo. Trata-se de uma doença e o tratamento deve ser encarado como tal. O incentivo faz parte do método para trazer o paciente à vida ativa e retornar as suas atividades de rotina saudável.
Além do incentivo e apoio familiar e extremante importante salientar que se trata de um distúrbio da mente, sendo que, o tratamento com um psiquiatra é a melhor forma de ajudar um acumulador, seja com terapia cognitiva comportamental ou com outros métodos, somente o médico vai saber a real necessidade de cada paciente. Contudo, este tratamento exige tempo para fazer efeito, assim se requer dedicação do paciente e dos familiares.
Acredita-se que 4% da população mundial sofre desse mal, fazendo ser ainda mais necessário o tratamento.
Como trabalhar os pontos do evitamento da acumulação?
Para não chegar a esse ponto da compulsão, separamos algumas dicas para você leitor se organizar, dentro do seu lar.
- Se não usa, não guarde. Não deixe que o pensamento que um dia você irá precisar tome conta de você. Passe adiante, sempre terá alguém que necessita mais que você.
- Evite acumular tudo o que você tem num espaço só da casa, o famoso “quarto da bagunça” esse é um indício que o acúmulo só irá aumentar.
- Tire um dia para separar o que é útil do que não é. Evite mais bagunça.
- Faça um trato com você mesmo, se você comprou alguma coisa, se desfaça de outra, esse cuidado e comprometimento são grandes aliados para não entrar no mundo compulsivo.
- Não tenha vergonha de pedir ajuda, caso você não esteja conseguindo seguir esses passos e esteja percebendo que as coisas estão saindo do controle.
Organize-se!
Quanta coisa não é mesmo? Buscar ajuda é fundamental e com o apoio da família tudo fica mais fácil!
#useorganico