Prático, econômico e sustentável! Você sabe como funciona o coletor menstrual?

O coletor menstrual, nova febre entre mulheres no mundo inteiro, é um recipiente feito de silicone hipoalergênico e flexível, com formato semelhante a um “copinho”, que deve ser inserido no canal vaginal e tem como objetivo coletar o fluxo menstrual. Inclusive, se esta for a primeira vez que você ouve falar em coletor menstrual, saiba que ele existe desde a década de 30, apesar de só ter começado a ser largamente comercializado nos últimos anos, sendo encontrado especialmente no site da Use Orgânico. Trata-se de uma excelente estratégia para substituir o absorvente convencional durante o período menstrual, sendo – de acordo com suas usuárias – uma opção mais confortável e, por ser reutilizável, também mais econômica e ecologicamente correta.

Tem tamanhos variáveis e, por se moldar perfeitamente ao corpo, o coletor menstrual tem o poder de vedar toda a passagem do fluxo menstrual, impossibilitando assim o contato do sangue com o ar, a proliferação de bactérias e consequentemente evitando o mau odor. Oferece liberdade e praticidade para as mulheres durante o período menstrual, mesmo as com fluxo intenso, pois não vaza no decorrer da noite e nem durante a prática de exercícios físicos. Inclusive pode ser usado em atividades como natação, escalada, corrida, dança e yoga.

Fonte: coisasdecarol.com

O coletor menstrual também é uma boa opção para mulheres que costumam ficar com a pele irritada ou têm alergia ao absorvente por conta do contato direto com a pele. Ainda, por ser flexível, é discreto e molda-se completamente ao corpo, evitando o desconforto dos absorventes comuns.

Além de todas as vantagens citadas acima, uma das principais diferenças do coletor menstrual para os absorventes tradicionais é sua vida útil, uma vez que ele pode ser reutilizado quantas vezes for necessário em um período de 10 anos (apesar de alguns fabricantes sugerirem que seja trocado a cada 2 a 3 anos). Um absorvente descartável comum, devido aos materiais sintéticos e produtos químicos envolvidos em sua fabricação, leva cerca de 500 anos para se decompor na natureza. Ao longo da vida, uma mulher pode usar cerca de 10 mil absorventes. Imagine só o impacto ambiental negativo gerado por bilhões de mulheres usando absorventes convencionais: incalculável.

 O processo de produção dos absorventes comuns envolve, entre outros componentes, transformar celulose de madeira florestal em fibras macias através de diversos processos químicos. Os absorventes externos tradicionais são produzidos em sua maioria com celulose, polietileno, propileno, adesivos termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente e agentes controladores de odores, matérias-primas derivadas de árvores e petróleo. Uma outra substância contida nos absorventes é a dioxina, um componente listado como um dos mais tóxicos de todos os produtos químicos relacionados ao desenvolvimento de câncer pela Environmental Protection Agency dos Estados Unidos. Ou seja, todo o processo de produção e descarte dos absorventes comuns gera efeitos deletérios sobre o meio ambiente e a saúde da população. Por outro lado, na fabricação dos coletores, não costumam ser utilizados corantes, látex, gel, bisfenol, dioxina, cola, perfume, pesticidas e nem agentes branqueadores.

 Outra grande vantagem é a economia a longo prazo. Apesar de serem mais dispendiosos em um primeiro momento – custam em média R$ 80,00 – no final das contas o coletor torna-se mais econômico, já que elimina a necessidade de comprar absorventes todos os meses. O valor investido inicialmente é compensado em cerca de seis a oito meses de uso do copinho reutilizável.

Para que o uso seja seguro (à prova de vazamentos) e confortável, a escolha do tamanho do coletor menstrual é imprescindível. Deve-se levar em consideração a faixa etária e também o histórico gestacional da mulher. Já a intensidade do fluxo e biotipo da mulher não interferem na escolha do tamanho do copinho.

Veja o passo a passo de como colocar, tirar e manter o coletor limpo:

  • Lave bem as mãos e higienize o coletor menstrual.
  • Procure uma posição confortável, que pode ser em pé, agachada ou sentada no vaso sanitário e, com os músculos relaxados, insira o coletor começando pela parte arredondada.
  • Coloque-o na direção horizontal.
  • Insira-o até que ele fique completamente dentro do canal vaginal. Depois de colocado, fica em posição mais baixa que um absorvente interno, o que facilita a remoção sem dificuldades.
  • Não é necessário retirá-lo para urinar ou evacuar.
  • Depois de 8 a 12 horas retire, lave e use novamente.
  • Para retirá-lo é simples. Lave as mãos e, durante o banho ou sentada no vaso sanitário, puxe o coletor menstrual pela haste até alcançar a base.
  • Aperte levemente a base e vire-a um pouco de lado para facilitar a entrada de ar e evitar a formação de vácuo.
  • Esvazie, lave com água e sabão neutro e insira novamente. Esse processo deve ser feito de 2 a 3 vezes ao dia conforme o a intensidade do seu fluxo menstrual. Você pode usá-lo durante toda a noite, mas deve respeitar o máximo de 12 horas. Com o tempo, você vai perceber a frequência ideal que deve removê-lo.
  • Ao final de cada ciclo, é recomendável fervê-lo por 5 minutos.

Obs: não se deve usar panelas de alumínio, nem de teflon, pois elas soltam substâncias metálicas que podem danificar o silicone. Algumas marcas possuem panelas específicas para higienização, geralmente feitas de ágata. Por serem esmaltadas, são atóxicas e de baixíssima porosidade. A superfície é lisa, o que facilita a limpeza.

Agora que você conhece todas as vantagens do coletor menstrual, pensa em se tornar adepta a ele? Vale testar e ver se você se adapta ao famoso copinho para ajudar a transformar “aqueles dias” em um período mais leve e natural.

#useorganico

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Dra. Maria Clara Couto: Médica Dermatologista SBD CRM SP 135626 | RQE 103257 CRM MS 14208 | RQE 8491 https://www.instagram.com/dramariaclaracouto/
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