Bem Estar | 18/11/2017 | 959 visualizações
O brasileiro não tem a cultura de ler os rótulos dos produtos que compram. Simplesmente adquirem de acordo com a necessidade de uso.
Os rótulos não são meros enfeites da embalagem, antes é uma forma de comunicação muda entre o consumidor e a empresa responsável pela industrialização do mesmo. Mas você sabia que eles também revelam o grau de toxicidade existente em cada produto?
Além da composição química dos alimentos, produtos de limpeza, cosméticos, enlatados, refrigerantes, temos a informação da data de validade e até mesmo do destino correto a se dar às embalagens, hoje em grande parte descartáveis.
Decifrando os rótulos.
Se por um lado, sabemos da importância de lermos os rótulos, por outro lado nos deparamos com a difícil tarefa que muitas vezes é decifrar os mesmos, pois via de regra parecem intrincados quebra cabeças cheios de palavras estranhas, que mais necessitam de uma pedra de roseta moderna para sua compreensão.
Produtos importados trazem além de tudo uma etiqueta com tradução feita em letras miúdas, incompreensíveis e para dificultar ainda mais, coladas com uma supercola sobre a etiqueta original, o que impede a compreensão do rótulo.
O que devemos levar em consideração ao analisarmos os rótulos?
Por muito tempo, crianças ou adultos intolerantes ao glúten ou lactose sofreram com a falta de informação dos produtos que consumiam. Os tempos mudaram e hoje existe a obrigatoriedade de mencionar a composição dos produtos comercializados, e principalmente os componentes que contribuem para estimular doenças preexistentes em organismos intolerantes.
Ao observarmos o rótulo de um produto devemos nos atentar para:
- Informação nutricional.
- Ingredientes dos produtos em ordem decrescente.
- Presença de alergênicos.
- Tabela de referencia de porções de alimentos.
- Identificação da origem do produto.
- Data de validade.
- Nome do produto.
- Identificação do lote.
- Instruções para uso.
- Conteúdo líquido.
Identifiquei o rótulo, mas o que ele me informa?
O rótulo pode ser definido como a alma do produto. Nele estão encerradas todas as informações pertinentes ao produto a ser consumido, desde seu valor nutricional, passando por seu valor calórico e a importante menção da data de validade.
Entender o significado de todas as informações é o processo que ensejará tempo e um certo conhecimento embasado no que se procura em cada alimento ou produto.
Ao lermos um rótulo a primeira informação que procuramos é a da data de validade, pois é através da mesma que nos é informado quando foi produzido e até quando deve ser consumido o produto que serve de base para a rotulagem. Neste momento decidimos se devemos levá-lo ou não de acordo com o prazo de utilização que temos em mente para o mesmo.
Outro fator importante é a composição dos produtos. Se temos membros da família sensíveis a alimentos alergênicos como glúten, lactose, ovo, amendoim, frutos do mar, isso para citar apenas os mais comuns, nossa atenção ao rótulo será mais criteriosa.
Decodificando as informações do rótulo de um produto alimentar
- Data de validade: deverá conter as informações de dia e mês quando se tratar de produtos com validade menor de 3 meses e conter as informações de mês e ano para produtos com validade superior a 3 meses.
- Informação nutricional: Trará ao consumidor a quantidade percentual por porção estabelecida em g/ml, levando em conta a medida caseira em relação aos valores diários para uma dieta de 2.500 calorias. Informará valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol, fibra alimentar, cálcio, ferro, sódio.
- Identificação da origem do produto: Trará a informação do local ou país onde foi produzido, se a origem é orgânica ou não.
- Ingredientes dos produtos em ordem decrescentes: deverá vir em primeiro lugar o ingrediente que com maior quantidade e assim sucessivamente.
Caso os produtos sejam importados a rotulagem obrigatoriamente deverá estar em português.
Entendendo a tabela de informação nutricional
Eis uma tabela de difícil compreensão. Até possuem informações com nomenclatura por nós conhecidas, mas que nos rótulos ficam incompreensíveis.
O objetivo da tabela de informação nutricional é avisar ao consumidor a quantidade de nutrientes em relação à porção de cada alimento e o percentual diário, sempre tendo por relação uma dieta de 2.500 calorias/dia necessária para a manutenção da saúde de um ser humano adulto.
O número de calorias/dia leva em conta as informações da pirâmide dos alimentos e as calorias estabelecidas para cada grupo alimentar divididos em porções a uma alimentação saudável necessárias. Além da divisão em porções por grupo, temos a divisão por tipo:
- Valor calórico: Totalidade das proteínas, carboidratos e gorduras presentes no alimento.
- Carboidratos: Fornecem energia necessária ao crescimento e estão presentes nos pães, massas e doces em geral, entre outros alimentos.
- Proteínas: Necessários ao desenvolvimento dos órgãos, células, também fornecem energia. Presentes nas carnes, leite, feijões.
- Gorduras totais: Informa o total das gorduras do alimento.
- Gorduras saturadas: Tem origem animal.
- Colesterol: Gordura específica de alimentos de origem animal.
- Fibra: É um tipo de carboidrato de origem vegetal.
- Cálcio: Importante na formação dos ossos. É um micronutriente.
- Sódio: O melhor exemplo desse micronutriente é o sal.
- Ferro: importante na formação do sangue. Também é da classe dos micronutrientes. Presente em carnes e vegetais de folhas escuras.
Informações que não devem estar presentes nos rótulos
As informações falsas ou que induzam o consumidor ao erro não devem estar presentes nos rótulos. Listamos abaixo alguns exemplos de informações que estão proibidas de constar nos rótulos.
- Desenhos, palavras que tornem o rótulo de difícil compreensão.
- Aumentar as qualidades do produto sem estar condizente com a realidade.
- Informar que determinado alimento possui determinado nutriente quando na verdade essa composição já é própria do mesmo. Ex.: informar que o leite é rico em cálcio quando todos sabem que o cálcio está na composição do leite.
- Todos os óleos não possuem colesterol, portanto esse é um tipo de informação que não deve ser destacada.
- Induzir o consumidor a acreditar em propriedades curativas de certo alimento se consumido em dosagem superior a normalmente consumida.
Estar atento a essas informações nos ajudará na melhor escolha de uma alimentação saudável e rica.
É importante frisar que dentre todos os produtos existentes no planeta, seja para ingestão ou uso como sabonetes, shampoos e outros cosméticos, os cosméticos orgânicos e outros produtos naturais e orgânicos são os melhores e mais saudáveis, porque são 100% livre de conservantes e agentes periculosos a saúde, por isso, vale a pena investir neles!
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