Diferenças entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal

Qual é a diferença entre Óleo Essencial e Óleo Vegetal Graxo? Você já ouviu varias explicações e ainda tem dúvidas? Vem comigo!

Obs.: A abordagem desse artigo é baseada nas necessidades de terapeutas naturais, esteticistas, cosmetólogos e de curiosos do nicho. Não abordarei aspectos nutricionais dos Óleos.

Ambos, Óleos Vegetais e Óleos Essenciais, são produzidos por plantas e não se misturam com água. Embora haja essa semelhança básica, há também muita diferença entre eles. Diferenças em termos de estrutura física, composição química, origem, finalidade e forma de utilização.

Óleos Essenciais (ou OEs) é um princípio ativo natural de natureza física etérea (volátil, aromático, evapora), com poder terapêutico e afinidade metabólica com a pele.

Encontrados em pequenas glândulas existentes na superfície de folhas, flores ou no interior de talos, cascas e raízes, os óleos essenciais são extraídos de plantas aromáticas por processos de destilação, compressão de frutos ou extração com o uso de solventes.

Estão presentes em menor quantidade nas plantas e geralmente são comercializados em pequenos frascos de 5, 10 ou 15 ml.

Óleos Vegetais Graxos (ou OGs, ou apenas “Óleos Vegetais”), pertence à classe dos lipídeos, de natureza física fixa (não volátil, termorresistente), com poder umectante e afinidade fisiológica com a pele.

Provenientes de plantas oleaginosas podendo ser extraídos por prensagem de grãos, de castanhas, de sementes e de frutos.

Estão presentes em maior quantidade nas plantas e geralmente são comercializados em frascos maiores de variados tamanhos, é possível encontrar frascos de até 1 litro.

Óleo Essencial x Óleo Vegetal: Diferenças e Características

Ao ouvir a palavra “óleo”, provavelmente virá à cabeça alguma substância viscosa ou grudenta. Pois bem, ao contrário dos óleos vegetais graxos, óleos essenciais não apresentam tais características.

Óleos Essenciais

Óleo Essencial, em latim, escreve-se aether oleum e, em alemão, ätherisches öl. Ambos os idiomas se referem ao óleo essencial como “óleo etéreo”. E isso não ocorre à toa. Óleo Essencial não é viscoso, grudento, escorregadio, nem gorduroso. As características físicas dos Óleos Essenciais se assemelham muito mais ao éter e ao álcool do que aos óleos que estamos familiarizados na culinária ou na cosmética em geral (os Óleos Vegetais Graxos).

Diferentemente dos Óleos Vegetais Graxos, Óleos Essenciais são voláteis, evaporam-se à temperatura ambiente, não deslizam ao toque repetitivo e possuem aroma intenso característico da planta da qual se originaram.

A estrutura etérea do óleo essencial é uma característica que confere elevada capilaridade sobre os tecidos do corpo, permitindo penetração profunda no organismo através da pele e também através do sistema olfativo pela respiração.

PORÉM, para penetrar no organismo em aplicações tópicas, os óleos essenciais precisam ultrapassar as barreiras do Estrato Córneo e do Manto Hidrolipídico. Aí entra a atuação dos Óleo Vegetais Graxos, usados em combinação com os óleos essenciais em protocolos terapêuticos e estéticos.

Estrato Córneo? Manto Hidrolipídico? Ok, sei que são termos complicados. Segura aí, vou explicar. Mas, antes, um pouco mais sobre o que são Óleos Vegetais:

Óleos Vegetais Graxos

Óleos Graxos (OGs), como o próprio nome já diz, são substâncias gordurosas ricas em ácidos graxos de compatibilidade fisiológica, podendo ter também ação homeostática, para com o tecido cutâneo.

  • Compatibilidade fisiológica: auxiliam na manutenção das funções mecânicas, físicas e bioquímicas de nosso organismo.
  • Ação homeostática: auxiliam nos processos de auto-regulação necessários para combater as modificações do organismo na sua interação com o meio visando restaurar o equilíbrio.

Dentre várias funções, os Óleos Vegetais Graxos são largamente utilizados como veículos carreadores (condutores) dos Óleos Essenciais uma vez que OEs não devem ser aplicados puros sobre a pele (salvo raras exceções).

Óleos essenciais são demasiadamente concentrados, fato que pode acarretar irritações na pele quando aplicados sem diluição prévia, e também não possuem afinidade fisiológica com a pele, fato que faz com que eles não penetrem na pele sem a ajuda de alguma substância condutora. Por isso Óleos Vegetais Graxos são largamente chamados de ÓLEOS CARREADORES entre Aromaterapeutas e Naturopatas. Óleos Vegetais atuam “carreando”, ou seja, carregando as moléculas dos Óleos Essenciais através do Estrato Córneo e do Manto Hidrolipídico.

  • Estrato Córneo é a camada superficial da pele, constituído por numerosas camadas de células achatadas e queratinizadas, células consideradas inativas (“mortas”), porém que conferem proteção à elementos externos nocivos (poluição, raios solares, variações climáticas, etc.) e também evitam a perda precoce de água da pele.
  • Manto hidrolipídico é o manto protetor da pele, localizado logo abaixo do estrato córneo. É uma película de proteção natural formada pela junção dos lipídios epidérmicos e material sebáceo produzido por nossa glândulas sebáceas (cerâmicas, triglicérides, ácidos graxos, colesterol) com os líquidos produzidos por nossas glândulas sudoríparas (água, ácido úrico, íons de sódio).

Óleos Essenciais diluídos em Óleos Vegetais

Por causa da semelhança entre a constituição fisioquímica da pele e dos Óleos Vegetais Graxos, estes apresentam afinidade para com a pele. Por isso os OGs atuam conduzindo os Óleos Essenciais, os quais não possuem tal semelhança, através do estrato córneo e do manto hidrolipídico até as camadas mais profundas da pele de tal forma que, além da atuação na pele, os OEs também chegam à circulação sanguínea e assim possam desempenhar as ações metabólicas nas células características aos seus princípios ativos.

Óleos Vegetais Graxos também promovem benefícios extremos à pele quando aplicados sozinhos, sem combinação com óleos essenciais.

Acesse a seção de Aromaterapia no site da Use Orgânico www.useorganico.com.br e confira o Blog Acorda Bonita.

*Texto originalmente publicado no Blog Acorda Bonita, escrito por Karina Viega com adaptação de Use Orgânico.

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Helena Botelho:
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