Bem Estar Saúde   |   08/12/2020   |   345 visualizações

Entender que não precisamos nos sentir da mesma forma todos os dias é algo libertador. Numa sociedade que se rege a partir do ritmo das máquinas e da produção, eu diria que é revolucionário.

A sociedade capitalista e patriarcal nos tirou a possibilidade de nos conectarmos com nossos sentimentos e nossa intuição. Duas armas de construção de mundos melhores poderosíssimas e muito perigosas para os interesses desse sistema de produção.

Somos cíclicas, somos natureza.

Quando falo de sentimentos e intuição, de forma alguma quero dizer que exista uma forma “natural” de ser mulher. Pelo contrário, nossa intuição nos transporta para infinitas possibilidades de ser e estar no mundo. Aquilo que molda, que aprisiona, são justamente o patriarcado e o machismo, que nos fazem acreditar que para termos valor é necessário ser exatamente da forma mais conveniente para o sistema funcionar.

Durante o mês, passamos por diversas energias diferentes ligadas aos arquétipos femininos: donzela, mãe, feiticeira e anciã/bruxa. Conhecer e dialogar com essas energias é muito interessante para que possamos respeitar nossos tempos e habilidades durante esse processo.

Por boa parte da minha vida, não gostei dessas variações de humor e sentimentos. E a TPM, então? Sempre “explicada” como tensão, como uma época em que as mulheres ficam “loucas” (já repararam o quanto o discurso social tenta nos colocar no lugar de “não confiáveis”, de “incapazes”?). Hoje sei que esse período é precioso, onde minha intuição está aguçada, onde literalmente acho um tempo para mim (TPM), onde a força da transmutação é multiplicada. E é lindo. Embora não seja fácil.

Uma forma muito bonita de acompanhar esse processo e nos conhecermos melhor é anotar nossas emoções e impressões físicas durante o mês e fazer uma correlação com o nosso ciclo menstrual. Anotar o dia do ciclo que estamos (lembrando que o dia 1 é o dia no qual ficamos menstruadas) e navegar pela nossa existência durante o mês… Após alguns meses fazendo esse exercício é incrível como percebemos padrões e a partir daí podemos respeitar, na medida em que nossa rotina permite, nossas diferentes fases.

Para quem quer se aprofundar ainda mais, é possível relacionar nosso ciclo com as fases da lua. É lindo de ver e sentir. Na internet vocês encontram vários modelos de mandala lunar. Basta pesquisar no google!

Para mim o ideal seria não trabalhar no primeiro dia do ciclo. Eu realmente quero apenas ficar no meu casulo. Quietinha. Mas nem sempre é possível, então pelo menos respeito esse meu sentimento porque eu já sei de onde ele vem e fico mais na minha. O importante é que a gente sempre esteja atenta a nós mesmas, pois a partir do momento em que nos encontramos (uma jornada para vida toda), o mundo se torna pequeno para força que percebemos.

E vocês? Como se percebem ao longo mês? Sentem essas mudanças? Vamos trocar dicas e informações nos comentários.

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